quinta-feira, 19 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Poesia em sala

ROTEIRO PROPOSTA DO PROJETO

1. Identificação
Nome do cursista ELIANE RODRIGUES CHAVES CASTRO
Nome da Escola: CED POMPILIO MARQUES DE SOUZA Local: PLANALTINA-DF
Série: 5ª Número de alunos: 230
Professores envolvidos: ELIANE CASTRO – PORTUGUÊS
MARCOS - ARTES


2. Problemática a ser estudada / Definição do Tema
O projeto de aprendizagem nasceu da iniciativa da professora de português, visando minimizar o alto índice de alunos que não estavam motivados para a leitura e a escrita. Portanto, a necessidade de amenizar os problemas de aprendizagem dos alunos nessa escola, viabilizou a implementação de ações positivas que poderão desencadear resultados significativos na vida dos alunos, dos professores e da comunidade escolar em geral.
O que justificou a opção por empreender este projeto foi o fato de que ao iniciar minha experiência nesta escola deparei com situações desafiadoras no campo da aprendizagem discente, principalmente, quanto ao processo de aquisição da leitura e da escrita pelas crianças.
Este fato é reflexo de uma série de fatores, a exemplo, da falta de motivação dos alunos para aprender os conteúdos escolares, tendo entre muitas às seguintes causas: pais pouco esclarecidos e em sua maioria não alfabetizados na escola formal e a situação sócio-econômica desfavorável de grande parte dos moradores da comunidade. Portanto, reafirmamos que essa situação desencadeou como conseqüência, crianças com pouca e às vezes nenhum contado com o sistema de escrita em casa. Dessa forma, essa realidade, somada a outras situações desafiadoras, só agravavam mais o problema da desmotivação dos referidos alunos em relação aos estudos.



3. Justificativa
A linguagem poética proporciona ao aluno a expressão dos seus sentimentos. Sendo assim, é uma estrutura literária que deve ser valorizada no trabalho. Este projeto objetiva torná-los autores de um livro que deverá ser apresentado na dimensão concreta e através da linguagem virtual, tão próxima do tempo em que vive.
Os poemas servem para emocionar, divertir, fazer pensar por meio das mais belas palavras. Ao apresentarmos este texto para nossos alunos estamos tanto despertando o sentimento pelo belo, como contribuindo com novas referências de comunicação oral.
O ritmo dado à “sonoridade das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema”, e às vezes as rimas presentes em alguns poemas, deixam as crianças literalmente encantadas e dispostas a reproduzir oralmente estes textos, e muitas vezes, se o professor lhes der oportunidades, a criar outros a partir das referências apresentadas.


4. Objetivo (s)
Conhecer a estrutura literária de uma poesia.
Utilizar a escrita como forma de expressão, respeitando as regras ortográficas.
Desenvolver a sensibilidade para a arte de escrever.
Utilizar o espaço da Internet para compartilhar idéias e produções.
Criar textos poéticos a partir de um contexto.
Criar um Livro Virtual de Poesias com alunos de outras turmas.


5. Conteúdos
Gêneros textuais
Principais autores
Períodos literários
Rima
Métrica
Poemas brasileiros
Poemas portugueses


6. Disciplinas envolvidas
PORTUGUÊS – ARTES

7. Metodologia / Procedimentos / Cronograma
 Trazer para a sala de informática um livro de poesias.
 Ler algumas para os alunos, analisando que tipo de estrutura está sendo utilizada nas frases. Quais as características que são marcantes? Há rimas? Como podemos identificá-las?
 Brincar de fazer rimas no computador usando palavras e desenhos.
Pesquisar quais as poesias que os pais e avós lembram-se da época de crianças.
 Fazer em sala uma roda de poesias.
 Escrever no blog e postar poemas próprios e de autores famosos
 Montar um mural com as poesias.
 Acessar os sites de escritores famosos, e outros de referência, para que as crianças conheçam suas poesias e expressem suas preferências.
 Montar um mural em sala das poesias que os alunos mais gostaram, destacando o autor, título, assunto e pedir às crianças que façam desenhos das mesmas.
 Propor aos alunos a criação de um livro de poesias. Analisar as partes de um livro: capa (nome do livro), índice (temas escolhidos pelas crianças), texto de agradecimentos (construído pelos alunos), foto dos alunos na contracapa, nomes dos autores e a escola à qual pertencem.
 Os temas deverão ser escolhidos através de votação, que deverá acontecer no Laboratório de Informática. As crianças de todas as turmas trabalharão em duplas. Inicialmente, deverão optar por cinco temas para as poesias. Depois das eleições realizadas em cada escola, a etapa final da escolha deverá acontecer através de e-mail, de forma que fiquem apenas seis temas.
 Escolhidos os temas, iniciar a escrita das poesias e a sua ilustração.
 A partir dos temas escolhidos, serão selecionados sites de acordo com as temáticas, objetivando ampliar o vocabulário e o universo de possibilidades para a elaboração das poesias. Quando não forem encontrados sites sobre algum tema, utilizar a literatura infantil ou a própria poesia para exemplificar.

Cronograma
 Primeira semana
Introdução, atividades 1 e 2
 Segunda semana
Atividades 3 e 4
 Terceira semana
Atividades 5 e 6
 Quarta semana
Atividades 7 e 8
 Quinta semana
Atividade 9
 Sexta e sétima semanas
Criação de todas as poesias e organização


8. Recursos a serem utilizados (tecnológicos ou não)
Laboratório de Informática
Livros de poesias
Papéis para a impressão das poesias
Encadernação dos livros
Data show
Revistas

9. Registro do processo
O registro será em um primeiro instante feito na agenda criada no blog, pelo professor, nos encontros seguintes, esse registro será feito pelos alunos, individualmente e em grupo.
Cada aluno deverá montar sua própria agenda, essa escrita, que será posteriormente analisada pelo regente.

10. Avaliação e Resultados esperados
 Produção de texto - Por meio dos textos que os alunos irão produzir, você avaliará o que compreenderam do que foi estudado e se os seus objetivos de aprendizagem foram atingidos. Ensine que nenhum texto nasce pronto. Para ficar bom, é preciso escrevê-lo e reescrevê-lo muitas vezes, como fazem os bons escritores.
Diga à classe que cada um planeje o que vai escrever, faça rascunho, revise e finalmente passe a limpo seu poema. Reúna as produções dos alunos e exponha-as num mural.
 O fazer poético - Solicite que escrevam um texto expositivo em que explique o que é o fazer poético. Esse texto deve ser em prosa. Avise que os textos que escreveram serão avaliados por outros colegas. O leitor é que dirá se entendeu a explicação dada no texto lido por ele. Será considerado bom o texto que conseguiu dar uma explicação satisfatória para o leitor de outra série.
 Imite o poeta - Peça que produzam um poema em que falem o que é o fazer poético. Esse texto deve ser em versos, distribuídos em estrofes, com rima. Enfatize que poesia é invenção.
 Farão do blog seu caderno de cabeceira, esse será seu lugar de registro, de dúvidas e também sugestões.
 Terão que apresentar ao final o caderno de anotações, esse individual.

11. Divulgação / Socialização do Projeto realizado
• Criação de um blog literário
• Montagem de livro coletivo
• Cartazes
• Mural
• Varal de poemas
• Folders
• Sarau de Poesias


12. Referências Bibliográficas
http://www.edukbr.com.br/leituraeescrita/index.asp
http://letras.terra.com.br/renato-russo/
http://www.paralerepensar.com.br/coracoralina.htm
http://carlosdrummonddeandrade.com.br/
http://www.revista.agulha.nom.br/pessoa.html

sábado, 24 de julho de 2010

Tudo é possível


Tudo de que um sonho precisa para ser realizado é de alguém que acredite que ele possa ser realizado. (Roberto Shinyashiki)

Guia do eleitor

1)Para quem o voto é obrigatório ?

Resposta: O voto é obrigatório para todos os eleitores dos 18 (dezoito) aos 70 (setenta) anos.




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2) Para quem o voto é facultativo ?

Resposta: O voto é facultativo para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de 70 (setenta) anos;
c) os menores de 18 (dezoito) anos.




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3) Que documentos devo levar no dia da eleição ?

Resposta: Pela legislação, o eleitor deve levar o seu título eleitoral e sua carteira de identidade ou outro documento com foto para identificação do eleitor.




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4) Qual o horário que posso votar ?

Resposta: A votação terá início às 8 (oito) horas e encerrará às 17 (dezessete) horas. Caso haja fila na seção eleitoral após as 17 horas, os eleitores receberão uma senha fornecida pelos mesários.




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5) Posso votar em candidatos de partidos ou coligações diferentes ?

Resposta: Sim. Não há vinculação entre os votos das eleições majoritárias e proporcionais.




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6) Posso votar se meu nome não constar na folha de votação ?

Resposta: Não. Com a urna eletrônica não existe mais o voto em separado.




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7) Posso levar uma "cola" com os números dos candidatos que irei votar ?

Resposta: Pode. Para diminuir o tempo e facilitar a votação, a Justiça Eleitoral recomenda que o eleitor leve anotado o número dos seus candidatos (uma "cola").




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8) Sou obrigado a votar nos dois turnos ?

Resposta: Sim. O voto é obrigatório nos dois turnos.




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9) Se não votei no 1º turno, posso votar no 2º normalmente ?

Resposta: Pode. Pois os turnos são eleições distintas.




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10) Posso votar em trânsito ?

Resposta: Nas eleições de 2010, poderá votar em trânsito, quem estiver nas capitais no dia da eleição, para Presidente da República. Para isso, o eleitor, que estará em alguma capital no dia da eleição, deverá comparecer em qualquer Cartório Eleitoral entre os dias 15 de julho e 15 de agosto, levando o título eleitoral e um documento de identidade. Caso no dia da eleição, ele não se encontre na cidade na qual ele se cadastrou para votar em trânsito, ele não poderá votar na sua seção eleitoral de origem, podendo apenas justificar.

http://www.alunosonline.com.br/barra/index.htm?url=http://www.tre-ms.gov.br/eleitor/voto.html

“Águia não sou, meu Senhor, dela trago, tão somente, o olhar
E também, no coração, a aspiração do seu voar, voar...
Quero em meu posto ficar a fitar o Sol do Amor, do Amor:
Passarinho é o que eu sou nas mãos do meu Senhor.”

((Ir.Kelly Patrícia))

domingo, 23 de maio de 2010

Pecados públicos - Padre Fábio de Melo

18/05


Não reclamo. Apenas constato. Tem ficado cada vez mais difícil a gente se reconciliar com os erros cometidos. O motivo é simples. A vida privada acabou. O acontecimento particular passa a pertencer a todos. A internet é um recurso para que isso aconteça. Os poucos minutos noticiados não cairão no esquecimento. Há um modo de fazê-los perdurarem. Quem não viu poderá ver. Repetidas vezes. É só procurar o caminho, digitar uma palavra para a busca.

Tudo tem sido assim. A socialização da notícia é um fato novo, interessantíssimo. Possibilita a informação aos que não estavam diante da TV no momento em que foi exibida.

A internet nos oferece uma porta que nos devolve ao passado. Fico fascinado com a possibilidade de rever as aberturas dos programas do meu tempo de infância. As imagens que permaneciam vivas no inconsciente reencontram a realidade das cores, movimentos e dos sons.

Mas o que fazer quando a imagem disponível refere-se ao momento trágico da vida de uma pessoa? Indigência exposta, ferida que foi cavada pelos dedos pontiagudos da fragilidade humana? Ainda é cedo para dizer. Este novo tempo ainda balbucia suas primeiras palavras.

O certo é que a imagem eterniza o erro, o deslize. Ficará para posteridade. Estará resguardada, assim como o museu resguarda documentos que nos recordam a história do mundo.

Coisas da contemporaneidade. Os recursos tecnológicos nos permitem eternizar belezas e feiúras.

Uma fala sobre o erro. Eles nascem de nossa condição humana. Somos falíveis. É estatuto que não podemos negar. Somos insuficientes, como tão bem sugeriu o filósofo francês, Blaise Pascal. O bem que conhecemos nem sempre atinge nossas ações. Todo mundo erra. Uns mais, outros menos. Admitir os erros é questão de maturidade. Esperamos que todos o façam. É nobre assumir a verdade, esclarecer os fatos. Mais que isso. É necessário assumir as conseqüências jurídicas e morais dos erros cometidos. Não se trata de sugerir acobertamento, nem tampouco solicitar que afrouxem as regras. Quero apenas refletir sobre uma das inadequações que a vida moderna estabeleceu para a condição humana.

Tenho aprendido que o direito de colocar uma pedra sobre o erro faz parte de toda experiência de reconciliação pessoal. Virar a página, recomeçar, esquecer o peso do deslize é fundamental para que a pessoa possa ser capaz de reassumir a vida depois da queda. É como ajeitar uma peça que ficou sem encaixe. O prosseguimento requer adequação dos desajustes. E isso requer esquecer. Depois de pagar pelo erro cometido a pessoa deveria ter o direito de perder o peso da culpa. O arrependimento edifica, mas a culpa destrói.

Mas como perder o malefício do erro se a imagem perpetua no tempo o que na alma não queremos mais trazer? Nasce o impasse. O homem hoje perdoado ainda permanecerá aprisionado na imagem. A vida virtual não liberta a real, mas a coloca na perspectiva de um julgamento eterno. A morbidez do momento não se esvai da imagem. Será recordada toda vez que alguém se sentir no direito de retirar a pedra da sepultura. E assim o passado não passa, mas permanece digitalizado, pronto para reacender a dor moral que a imagem recorda.

Estamos na era dos pecados públicos. Acusadores e defensores se digladiam nos inúmeros territórios da vida virtual. Ambos a acenderem o fogo que indica o lugar onde a vítima padece. A alguns o anonimato encoraja. Gritam suas denúncias como se estivessem protegidos por uma blindagem moral. Como se também não cometessem erros. Como se estivessem em estado de absoluta coerência. No conforto de suas histórias preservadas, empunham as pedras para atacar os eleitos do momento.

O fato é que o pecador público exerce o papel de vítima expiatória social. Nele todas as iras são depositadas porque nele todas as misérias são reconhecidas. No pecado do outro nós também queremos purgar o pecado que está em nós. Em formatos diferentes, mas está. Crimes menores, maiores; não sei. Mas crimes. Deslizes diários que nos recordam que somos território da indigência. O pecador exposto na vitrine deixa de ser organismo. Em sua dignidade negada ele se transforma em mecanismo de purificação coletiva. É preciso cautela. Nossos gritos de indignação nem sempre são sinceros. Podem estar a serviço de nossos medos. Ao gritar a defesa ou a condenação podemos criar a doce e temporária sensação de que o erro é uma realidade que não nos pertence. Assumimos o direito de nos excluir da classe dos miseráveis, porque enquanto o pecador permanecer exposto em sua miséria, nós nos sentiremos protegidos.

Mas essa proteção que não protege é a mãe da hipocrisia. Dela não podemos esperar crescimento humano, nem tampouco o florescimento da misericórdia. Uma coisa é certa. Quando a misericórdia deixa de fazer parte da vida humana, tudo fica mais difícil. É a partir dela que podemos reencontrar o caminho. O erro humano só pode ser superado quando aquele que erra encontra um espaço misericordioso que o ajude a reorientar a conduta.

Nisso somos todos iguais. Acusadores e defensores. Ou há alguém entre nós que nunca tenha necessitado de ser olhado com misericórida?
fabiodemelo.com.br -

quarta-feira, 12 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Meu relógio

Mar Português - Fernando Pessoa

Cartas de amor - Fernando Pessoa - Maria Bethania

Poesia traduzida

FERNANDO
PESSOA

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Fernando Pessoa, 12-1911

Fernando Pessoa por ele mesmo

Fernando Pessoa

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.