domingo, 24 de fevereiro de 2013

Escrever é fácil!

Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.” (Pablo Neruda)

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

domingo, 16 de setembro de 2012

Literatura Anos 60 Prof.ª Eliane Castro


LITERATURA ANOS 60 - CEF 02 DE PLANALTINA-DF
A literatura proporciona ao aluno a expressão dos seus sentimentos. Sendo assim, é uma estrutura literária que deve ser valorizada no trabalho. Este projeto objetiva torná-los leitores e capazes de expressar seus sentimentos.

Literatura Anos 60 nasceu da iniciativa da professora de português Eliane Castro, visando minimizar o alto índice de jovens que não estavam motivados para a leitura e a escrita. Trabalho esse desenvolvido com alunos de 8ª série do CEF 02 de Planaltina.

O que justificou a opção por empreender este projeto foi o fato de que ao iniciar minha experiência nesta escola deparei com situações desafiadoras no campo da aprendizagem discente, trabalhar com adolescentes nesse mundo tão virtual não é tão fácil.  É necessário que o aluno aprenda por meios lúdicos, música, teatro, dança, declamação de poesias, entre outros.

Foi trabalhado a Década de 60, através de pesquisa feita pelos alunos: cantores, escritores, personalidades, história, geografia, músicas, fatos que marcaram a década.

Para encerrar o Projeto, os alunos se reuniram em confraternização com a apresentação de danças, músicas, declamação de poesia, peça de teatro adaptada por eles. Enfim, o resultado foi maravilhoso!












Prof.ª Eliane Castro

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

O inacabado que há em mim - Pe Fábio de Melo


O inacabado que há em mimEu me experimento inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina.

Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo,
O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.
Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais do que meu coração suporta. Os encontros são muitos; as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nesta hora em que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.

Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil.
Melhor mesmo é continuar na esperança confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar.

Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida. A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas.
fabiodemelo.com.br - © 2003/2011

sábado, 2 de abril de 2011


02/03
Uma pipa no céu...A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.



Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.



Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.



Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.



Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.



O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.



Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...



Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.



O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...




fabiodemelo.com.br - © 2003/2011 -
OS ESTATUTOS DO HOMEM.


Os Estatutos do Homem
(Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

-Thiago de Mello -

Santiago do Chile, abril de 1964

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Poesia em sala

ROTEIRO PROPOSTA DO PROJETO

1. Identificação
Nome do cursista ELIANE RODRIGUES CHAVES CASTRO
Nome da Escola: CED POMPILIO MARQUES DE SOUZA Local: PLANALTINA-DF
Série: 5ª Número de alunos: 230
Professores envolvidos: ELIANE CASTRO – PORTUGUÊS
MARCOS - ARTES


2. Problemática a ser estudada / Definição do Tema
O projeto de aprendizagem nasceu da iniciativa da professora de português, visando minimizar o alto índice de alunos que não estavam motivados para a leitura e a escrita. Portanto, a necessidade de amenizar os problemas de aprendizagem dos alunos nessa escola, viabilizou a implementação de ações positivas que poderão desencadear resultados significativos na vida dos alunos, dos professores e da comunidade escolar em geral.
O que justificou a opção por empreender este projeto foi o fato de que ao iniciar minha experiência nesta escola deparei com situações desafiadoras no campo da aprendizagem discente, principalmente, quanto ao processo de aquisição da leitura e da escrita pelas crianças.
Este fato é reflexo de uma série de fatores, a exemplo, da falta de motivação dos alunos para aprender os conteúdos escolares, tendo entre muitas às seguintes causas: pais pouco esclarecidos e em sua maioria não alfabetizados na escola formal e a situação sócio-econômica desfavorável de grande parte dos moradores da comunidade. Portanto, reafirmamos que essa situação desencadeou como conseqüência, crianças com pouca e às vezes nenhum contado com o sistema de escrita em casa. Dessa forma, essa realidade, somada a outras situações desafiadoras, só agravavam mais o problema da desmotivação dos referidos alunos em relação aos estudos.



3. Justificativa
A linguagem poética proporciona ao aluno a expressão dos seus sentimentos. Sendo assim, é uma estrutura literária que deve ser valorizada no trabalho. Este projeto objetiva torná-los autores de um livro que deverá ser apresentado na dimensão concreta e através da linguagem virtual, tão próxima do tempo em que vive.
Os poemas servem para emocionar, divertir, fazer pensar por meio das mais belas palavras. Ao apresentarmos este texto para nossos alunos estamos tanto despertando o sentimento pelo belo, como contribuindo com novas referências de comunicação oral.
O ritmo dado à “sonoridade das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema”, e às vezes as rimas presentes em alguns poemas, deixam as crianças literalmente encantadas e dispostas a reproduzir oralmente estes textos, e muitas vezes, se o professor lhes der oportunidades, a criar outros a partir das referências apresentadas.


4. Objetivo (s)
Conhecer a estrutura literária de uma poesia.
Utilizar a escrita como forma de expressão, respeitando as regras ortográficas.
Desenvolver a sensibilidade para a arte de escrever.
Utilizar o espaço da Internet para compartilhar idéias e produções.
Criar textos poéticos a partir de um contexto.
Criar um Livro Virtual de Poesias com alunos de outras turmas.


5. Conteúdos
Gêneros textuais
Principais autores
Períodos literários
Rima
Métrica
Poemas brasileiros
Poemas portugueses


6. Disciplinas envolvidas
PORTUGUÊS – ARTES

7. Metodologia / Procedimentos / Cronograma
 Trazer para a sala de informática um livro de poesias.
 Ler algumas para os alunos, analisando que tipo de estrutura está sendo utilizada nas frases. Quais as características que são marcantes? Há rimas? Como podemos identificá-las?
 Brincar de fazer rimas no computador usando palavras e desenhos.
Pesquisar quais as poesias que os pais e avós lembram-se da época de crianças.
 Fazer em sala uma roda de poesias.
 Escrever no blog e postar poemas próprios e de autores famosos
 Montar um mural com as poesias.
 Acessar os sites de escritores famosos, e outros de referência, para que as crianças conheçam suas poesias e expressem suas preferências.
 Montar um mural em sala das poesias que os alunos mais gostaram, destacando o autor, título, assunto e pedir às crianças que façam desenhos das mesmas.
 Propor aos alunos a criação de um livro de poesias. Analisar as partes de um livro: capa (nome do livro), índice (temas escolhidos pelas crianças), texto de agradecimentos (construído pelos alunos), foto dos alunos na contracapa, nomes dos autores e a escola à qual pertencem.
 Os temas deverão ser escolhidos através de votação, que deverá acontecer no Laboratório de Informática. As crianças de todas as turmas trabalharão em duplas. Inicialmente, deverão optar por cinco temas para as poesias. Depois das eleições realizadas em cada escola, a etapa final da escolha deverá acontecer através de e-mail, de forma que fiquem apenas seis temas.
 Escolhidos os temas, iniciar a escrita das poesias e a sua ilustração.
 A partir dos temas escolhidos, serão selecionados sites de acordo com as temáticas, objetivando ampliar o vocabulário e o universo de possibilidades para a elaboração das poesias. Quando não forem encontrados sites sobre algum tema, utilizar a literatura infantil ou a própria poesia para exemplificar.

Cronograma
 Primeira semana
Introdução, atividades 1 e 2
 Segunda semana
Atividades 3 e 4
 Terceira semana
Atividades 5 e 6
 Quarta semana
Atividades 7 e 8
 Quinta semana
Atividade 9
 Sexta e sétima semanas
Criação de todas as poesias e organização


8. Recursos a serem utilizados (tecnológicos ou não)
Laboratório de Informática
Livros de poesias
Papéis para a impressão das poesias
Encadernação dos livros
Data show
Revistas

9. Registro do processo
O registro será em um primeiro instante feito na agenda criada no blog, pelo professor, nos encontros seguintes, esse registro será feito pelos alunos, individualmente e em grupo.
Cada aluno deverá montar sua própria agenda, essa escrita, que será posteriormente analisada pelo regente.

10. Avaliação e Resultados esperados
 Produção de texto - Por meio dos textos que os alunos irão produzir, você avaliará o que compreenderam do que foi estudado e se os seus objetivos de aprendizagem foram atingidos. Ensine que nenhum texto nasce pronto. Para ficar bom, é preciso escrevê-lo e reescrevê-lo muitas vezes, como fazem os bons escritores.
Diga à classe que cada um planeje o que vai escrever, faça rascunho, revise e finalmente passe a limpo seu poema. Reúna as produções dos alunos e exponha-as num mural.
 O fazer poético - Solicite que escrevam um texto expositivo em que explique o que é o fazer poético. Esse texto deve ser em prosa. Avise que os textos que escreveram serão avaliados por outros colegas. O leitor é que dirá se entendeu a explicação dada no texto lido por ele. Será considerado bom o texto que conseguiu dar uma explicação satisfatória para o leitor de outra série.
 Imite o poeta - Peça que produzam um poema em que falem o que é o fazer poético. Esse texto deve ser em versos, distribuídos em estrofes, com rima. Enfatize que poesia é invenção.
 Farão do blog seu caderno de cabeceira, esse será seu lugar de registro, de dúvidas e também sugestões.
 Terão que apresentar ao final o caderno de anotações, esse individual.

11. Divulgação / Socialização do Projeto realizado
• Criação de um blog literário
• Montagem de livro coletivo
• Cartazes
• Mural
• Varal de poemas
• Folders
• Sarau de Poesias


12. Referências Bibliográficas
http://www.edukbr.com.br/leituraeescrita/index.asp
http://letras.terra.com.br/renato-russo/
http://www.paralerepensar.com.br/coracoralina.htm
http://carlosdrummonddeandrade.com.br/
http://www.revista.agulha.nom.br/pessoa.html